Fora Pezão, Renan e a PEC 55!
No fim da manhã e início da tarde deste histórico dia 6 de dezembro a democracia dos ricos mostrou sua verdadeira face. Enquanto o Senador Renan Calheiros (PMDB) e a mesa diretora do Senado anunciavam que não cumpririam uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no Rio de Janeiro, Pezão e Jorge Picciani ordenavam um enfurecido ataque da PM contra a manifestação dos servidores.
Os escândalos de corrupção não param de vir à tona. A despeito de toda a crise política, da prisão de Antony Garotinho e Sérgio Cabral, dos protestos massivos, a assembleia legislativa fluminense avança na aprovação de medidas que legalizam o que já está acontecendo. A privatização da saúde, da educação, da aposentadoria, o fim do desconto no bilhete único e o fim dos restaurantes populares atingem o conjunto de trabalhadores que precisam de políticas sociais e serviços públicos de qualidade.
Todos estes fatos mostram o tamanho da crise política, institucional e econômica que sacode o país. Tudo para salvar meia dúzia de empresas nacionais e internacionais. Os governos pretendem atacar todos os direitos dos trabalhadores e do povo para preservar o lucro das oligarquias e do capital internacional.
Todos estes fatos mostram o tamanho da crise política, institucional e econômica que sacode o país. Tudo para salvar meia dúzia de empresas nacionais e internacionais. Os governos pretendem atacar todos os direitos dos trabalhadores e do povo para preservar o lucro das oligarquias e do capital internacional.
Enquanto o Batalhão de Choque arremessava bombas sobre a manifestação dos servidores, atingindo transeuntes sem nenhum critério, o governo Temer detalhava como pretende acabar com o direito a aposentadoria integral e a paridade entre ativos e aposentados.
Polícia transforma as ruas em praça de guerra
No Rio de Janeiro foram mais de três horas em que a PM lançou bombas de efeito moral, usou de forma indiscriminada o gás de pimenta, perseguiu, agrediu e feriu dezenas de servidores e populares nas ruas do Centro da capital. Seu objetivo, declarado a imprensa, seria de impedir a ocupação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Porém o que se viu foi uma perseguição aos manifestantes por todas as ruas da região onde se encontra a casa legislativa. A polícia invadiu igreja católica para atirar a esmo contra qualquer pedestre.
Mas nem Pezão ou Picciani ou os comandantes da PM e da Força Nacional contavam com a disposição de luta dos servidores. Sua ação contra aqueles que lutavam em defesa do serviço público fluminense conseguiu enfurecer centenas de populares que se colocaram ao lado dos servidores para resistir. Todo o esforço da utilização de blindados, cavalaria, capacetes, escudos e cassetetes não conseguiu impedir que todo um pelotão do Batalhão de Choque desertasse e se somasse aos manifestantes.
Resistir é preciso, vencer é possível
A garra e disposição de luta do funcionalismo assustou o presidente da Assembleia Legislativa. Mesmo sem paralisação das categorias de servidores às ruas se encheram de manifestantes. Com receio do desfecho dos futuros embates Picciani propõe antecipar o calendário de votação das treze propostas de leis. O presidente da Alerj pretende concluir as votações até segunda-feira, 12 de dezembro. Por isso, agora não pode mais haver vacilação, é preciso que o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) reveja sua política, antecipe o calendário de paralisação para o dia 12/11 e convoque uma Greve Geral de todo funcionalismo e trabalhadores e conclame a população a ir para Alerj nesse dia. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, o SEPE-RJ, já antecipou paralisação para o dia 12 e convoca o Muspe para construir a greve geral no Rio. Este sindicato representa a maior categoria de servidores estaduais. O Muspe tem que seguir o exemplo do SEPE-RJ e convocar a Greve Geral. Vamos parar o Rio contra os ataques e em defesa dos direitos dos servidores e trabalhadores e dos serviços públicos.
Por outro lado o Senado pretende votar a PEC 55 (ex 241), em segundo turno, que prepara o terreno para a reforma da previdência e a reforma trabalhista. Os ataques prometidos aos trabalhadores e a população fluminense não se resolverão se não conseguir barrar os ataques do Presidente Michel Temer. Devemos construir uma greve geral no Rio, mas também uma no país. As centrais sindicais não podem vacilar agora. Elas devem se somar a CSP-Conlutas em convocar uma greve geral. É possível parar não só o Estado do Rio de Janeiro, mas também o Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e os demais estados. Além do desemprego, da carestia, do atraso nos pagamentos dos salários e mais uma série de mazelas os governos, o congresso e as casas legislativas estaduais e municipais estão envolvidas em escândalos de corrupção.
Greve Geral dia 12 para barrar o Pacote do Pezão!
Fora Temer! Fora Pezão, Renan e a PEC 55!
Prisão e confisco dos bens de Cabral e Garotinho