Hoje a concentração correu bem, houve ex-alunos de várias idades que se juntaram ao protesto, assim como alguns encarregados de educação.
A escola está unida na rejeição deste encerramento designado por «suspensão»… agora Valter lemos nem sequer disfarça (disso-o da intervenção da A.R. no dia 10 passado) ; já não se trata de «fusão » afinal, mas de uma «suspensão» (ou seja um eufemismo para uma extinção pura e simples !).
Porém, o facto da Comunidade escolar e de os amigos do D. João de Castro terem razão, não chega.
É preciso um apoio e solidariedade activa de todas as pessoas interessadas. O governo prepara-se para fechar sete escolas no Conselho de Lisboa.
Por isso é que ele não quer reconhecer o papel imprescindível do município como parceiro a ser ouvido e tido em conta em questões de educação, porque teria de certa forma de negociar com esta estrutura camarária.
O mesmo em relação aos sindicatos : nega que os sindicatos tenham algo a ver com as reestruturações de rede escolar.
Pergunta-se então, para que servem os sindicatos ?
Não é tarefa sindical acompanhar estes processos de reestruturação, por forma que os interesses dos trabalhadores, e não apenas os dos estabelecimentos em causa, como os de todos os que são directamente ou indirectamente afectados, sejam devidamente acautelados ???
De novo, face a esta política autista e de ocultação sistemática, de «quero, posso e mando», a pior atitude é a de deixar isoladas as lutas de uns e de outros.
Hoje é a Esc. Sec. D. João de Castro, amanhã será outra.
Hoje é em Lisboa, amanhã será em Faro ou em Braga ou na Guarda !
O M.E. não irá encerrar as escolas todas ao mesmo tempo… irá fazer isso o mais progressivamente que puder.
No 1º ciclo, querem extinguir 2.400, isto é 60% das escolas existentes.
Além destas, pretendem extinguir um número indeterminado de escolas dos restantes ciclos, mas que se prevê seja de milhares.
O governo não explica, mas o seu objectivo é o de fazer agrupamentos verticais, concentrando num mesmo espaço jardins de infância com 1º ciclo, para que em breve professores do 1º ciclo tenham de suprir tarefas diversas nos jardins de infância e vice-versa.
Pretende fazer escolas integradas do 2º ciclo até ao 12º ano, de tal maneira que poupa em edifícios, em funcionários e em docentes.
Utiliza a estratégia empresarial da ’economia de meios’, mas sem olhar a critérios de ordem pedagógica ; é mentira que a sua preocupação seja pedagógica.
Este governo mente «com quantos dentes tem na boca».
A opção estratégica é ditada por dois critérios :
A- Reduzir custos (a educação é vista não como investimento mas como «despesa»)
B- Abrir e alargar o campo para uma oferta privada reservada às camadas com possibilidade de gastar mais com a educação dos filhos.
Para os outros, fica uma escola pública degradada…
P»S» = neo-liberalismo rosa shocking !
Federação Europeia de Sindicalismo Alternativo – Educação (FESAL-E)
http://www.fesal.it/
http://groups.yahoo.com/group/fesale_portugal/
fesale_portugal@yahoogroups.com
fesal-portugal@hotmail.com
Par : rr.ii.
Fuente: Secretaría de Relaciones Internacionales de la CGT