Desde as últimas Jornadas Anarquistas de 2002 a conjuntura mundial pouco se alterou, entretanto a expansão imperialista norte-americana atingiu níveis de brutalidade e irracionalidade inimagináveis até pouco tempo atrás. Exemplos disto são o aumento do poderio militar norte-americano e do contingente de soldados nas mais diversas partes do mundo, que se configura no apoio irrestrito à política nazista do estado de Israel na opressão do povo palestino que encontra sua maior abominação na construção do grande campo de concentração na Faixa de Gaza e a intervenção no Iraque e sua justificativa que hoje até os próprios orgãos de informação do Império (Eua, Inglatera, Alemanha, entre outros) reconhecem que não tinha fundamento.

Desde as últimas Jornadas Anarquistas de 2002 a conjuntura mundial pouco se alterou, entretanto a expansão imperialista norte-americana atingiu níveis de brutalidade e irracionalidade inimagináveis até pouco tempo atrás. Exemplos disto são o aumento do poderio militar norte-americano e do contingente de soldados nas mais diversas partes do mundo, que se configura no apoio irrestrito à política nazista do estado de Israel na opressão do povo palestino que encontra sua maior abominação na construção do grande campo de concentração na Faixa de Gaza e a intervenção no Iraque e sua justificativa que hoje até os próprios orgãos de informação do Império (Eua, Inglatera, Alemanha, entre outros) reconhecem que não tinha fundamento.

Esta mesma justificativa se utiliza hoje para tentar agredir outros países como Irã e Coréia do Norte, no entanto, essa não é a única desculpa inventada outras fantasias também servem como embasamento para a o desenvolvimento da guerra preventiva, como o narcotráfico que é utilizado tanto para a construção de bases militares na área da amazonia continental, como para a implementação de programas de monitoramento por satélites como o Sivan, Alcântara, entre outros, além do financiamento e treinamento (no caso trata-se mais de comando do que de treino) de exército nacionais, que afeta países como Colombia, Haiti, Venezuela, Bolívia, Cuba, e ultimamente até o Brasil ( sob a alegação de que aqui é que é processada a cocaína).

Enumerar todas as estratégias e intervenções patrocinadas pelos Eua mundo afora levaria não uma ou duas laudas talvez centenas ou milhares, o importante é termos claro o projeto de uma hegemonia que perpassa as esferas políticas, econômicas, ideológicas e militares visando atender as demandas das classes dominantes mundias e, principalmente, norte-americana.

A vitória de Lula nas eleições de 2002 veio acompanhada de uma enorme expectativa e esperança de mudanças sociais. Entretanto, o PT desde que foi elevado ao status de elite política do país, vem cumprindo a agenda da governabilidade do país para os ricos e a classe média. Ainda durante a campanha presidencial já dava conta de tranquilizar os organismos financeiros internacionais como o FMI e o Banco Mundial.

Posteriormente, na sua política de alianças fez uma coalizão de centro-esquerda claramente reformista, e logo que assumiu o governo ao invés de promover as reformas que contemplassem a expectativa dos setores sociais que o elegeram, priorizou a governabilidade política, trocando o que restava de seu Programa pela agenda Neoliberal do ajuste fiscal (superávit da balança comercial), pelo incentivo ao agronegócio ( mediante a isenção na taxação das exportações), pelos acordos com os organismos financeiros mundiais (através da rolagem da dívida externa), pela alta taxa de juros praticada pelo Banco Central (com lucro recorde dos banqueiros) e pela repressão e o monitoramento dos movimentos sociais com o intuito de garantir a aplicação desta política.

A mascara do governo Lula caiu, enquanto para boa parte dos movimentos sociais o governo está em disputa e trata-se de mudar os rumos de sua política economica, a realidade é que ele já chegou a presidência com a função de implementar o Pacto Social, haja vista que sua figura encontra grande carisma nas classes mais pobres do Brasil, e por fim seria o melhor instrumento para concretizar esse projeto que é o projeto das elites financeiras mundial e nacional.

Processo semelhante ocorre na Argentina e no Uruguai, onde também se esgotou o modelo tradicional de aplicação das politicas neoliberais. Na Argentina, depois da crise, Nestor Kirchner, desenvolve uma politica ambigua, que por um lado emprega um discurso populista coopitando alguns setores sociais para gerar sua base de sustentação, reprimindo e perseguindo os setoresm mais combativos (como é o caso do companheiro do Movimento de Unidade Popular – MUP – Gabriel Roser preso há oito meses ), mas por outro lado atende os interesses das classes dominantes argentinas que estão aliadas aos interesses financeiros internacionais.

No Uruguai, assim como no Brasil, o futuro governo de Tabaré Vázquez, gera grande esperança em amplos setores populares de que possam haver algumas mudanças, entretanto, já há sintomas de que de que a agenda neoliberal vai ser emplementada indo contra a vontade popular (já manifestada em plebiscitos), pois o novo governo já tem projetos de concessão e parcerias com capitais privados para gerir os serviços públicos essenciais e rentáveis, como é caso da água, telefonia celular, linhas ferroviárias, entre outras.

Alternativa Libertária para novos tempos de luta

Nós anarquistas organizados politicamente acreditamos que o Fórum Social Mundial não constitui um espaço de contraposição ao sistema capitalista. É por isso que propomos a partir das “Jornadas Anarquistas” a construção de uma alternativa que nos de ferramentas para o desenvolvimento de uma luta que possa se concretizar como um projeto antagonista a sociedade em que vivemos.

A alternativa libertária que nos propomos a realizar vem reafirmar o método, os principios e os objetivos construídos por gerações de lutadores do povo que levaram adiante a luta de classes. Nossas ferramentas foram e continuam sendo a auto organização popular, a ação direta, a solidariedade de classe, a democracia de base e a auto-gestão. Somente dessa forma poderemos construir uma frente de oprimidos que acumule forças e avance no processo de construção do poder popular.

Na nossa concepção, é necessário a organização política dos anarquistas, no sentido de que tornem possível o protagonismo do povo organizado. Dito isso, achamos importante dizer que foi possível compartilhar as experiências acumuladas com outros grupos anarquistas dentro das Jornadas Anarquistas. Além disso, queremos expressar, com grande satisfação que essa necessidade de os anarquistas se organizarem está sendo comungada pelos demais grupos e indivíduos participantes, e não só constatamos isso como tiramos encaminhamentos importantes nessa direção. Por último colocamos que na nossa compreensão essa organização precisa estar articulada desde o nível local, passando pelas regioes e pelos estados, para enfim construirmos um espaço organico que efetive as práticas anarquistas no país e na América Latina, pois somente dessa formas conseguiremos fechar o punho para enfretar o inimigo de classe.

Não tá morto que luta e quem peleia

Pelo socialismo e pela liberdade

América livre veceremos

Federação Anarquista Gaúcha, Luta libertária (SP), Rede Libertária da Baixada Santista e Federação Anarquista Uruguaia


Par : rr.ii.